Poder Público Municipal de Grajaú-MA, tenta ganhar no cansaço manifestantes SEM TETO, que desejam apenas, possuir um lar para morar.
Resistindo à negligência do poder municipal, pelo 15º dia
consecutivo, algumas das mais de 100 famílias de diversos lugares do município de Grajaú,
beneficiárias do programa minha casa
minha vida, insatisfeitas com a demora em acontecer a chamada pública para
assinatura dos contratos e entrega das chaves, fato que legitimam os mesmos neste programa habitacional, mantêm ocupada a Câmara
de Vereadores como forma de pressionar as autoridades competentes na agilidade
desse processo, em um movimento autodenominado “OCUPA CÂMARA POR UM TETO”
"Se morar é um direito, ocupar é um dever". Com esse provérbio os líderes do movimento em cerca de 20 famílias num total de 60 pessoas, incluindo
crianças, apesar de ficarem durante o dia, pernoitam no recinto da casa legislativa do município e se entusiasmam
em permanecer no local por tempo indeterminado até que as decisões do poder público
estejam a seu favor. Informam que “pelo cansaço eles não vão ganhar”. O medo
dos beneficiários, segundo relatam os integrantes do movimento, é de “o prazo ficar
sendo protelado para serem atendidos somente ano que vem e servir como marketing
eleitoreiro além de obrigar essas famílias sem teto a pagarem aluguel todo esse
tempo sem uma certeza que lhes deem esperança”. Apoiados por cerca de 10 parlamentares dos 15
que ocupam a casa e outros parceiros da cidade, os ocupantes se sentem
entusiasmados para continuarem pressionando.
Por outro lado, lamentam não ter nenhuma nota divulgada da
Igreja Católica, nem das Igrejas evangélicas, não somente por considerarem que
as Igrejas devem ser parceiras dos pobres, mas, sobretudo por que os integrantes
do manifesto são pessoas de vários seguimentos religiosos. Na lista das
instituições que se omitem de apoiar o manifesto, entra os sindicatos de categorias
sociais entre eles o sindicato dos Trabalhadores Rurais de Grajaú. Para eles, estas
entidades que deveriam representar os excluídos, estão “excluindo os
excluídos”. Agradecem, porém, integrantes da Pastoral da Criança da Comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Setor Exportara por seu apoio ao movimento.
Além disso, apontam como uma das principais revoltas a divulgação
inescrupulosa em matéria impressa do Jornal Cidades-JC, onde o excelentíssimo
prefeito Mercial e o gerente do Banco do Brasil aparecem anunciando a entrega das casas populares, dando a entender que
todos os procedimentos legais já haviam sido tomados. Vivendo outra realidade,
os integrantes se declaram com motivos de sobra para exigirem o rápido
atendimento de seus anseios.