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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Texto exemplar da Juíza Federal Raquel Domingues do Amaral

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“Sabem do que são feitos os direitos, meus jovens?

Sentem o seu cheiro?
Os direitos são feitos de suor, de sangue, de carne humana apodrecida nos campos de batalha, queimada em fogueiras!
Quando abro a Constituição no artigo quinto, além dos signos, dos enunciados vertidos em linguagem jurídica, sinto cheiro de sangue velho!
Vejo cabeças rolando de guilhotinas, jovens mutilados, mulheres ardendo nas chamas das fogueiras!
Ouço o grito enlouquecido dos empalados.
Deparo-me com crianças famintas, enrijecidas por invernos rigorosos, falecidas às portas das fábricas com os estômagos vazios!
Sufoco-me nas chaminés dos Campos de concentração, expelindo cinzas humanas!
Vejo africanos convulsionando nos porões dos navios negreiros.
Ouço o gemido das mulheres indígenas violentadas.
Os direitos são feitos de fluido vital!
Pra se fazer o direito mais elementar, a liberdade,
gastou-se séculos e milhares de vidas foram tragadas, foram moídas na máquina de se fazer direitos, a revolução!
Tu achavas que os direitos foram feitos pelos janotas que têm assento nos parlamentos e tribunais?
Engana-te! O direito é feito com a carne do povo!
Quando se revoga um direito, desperdiça-se milhares de vidas …
Os governantes que usurpam direitos, como abutres, alimentam-se dos restos mortais de todos aqueles que morreram para se converterem em direitos!
Quando se concretiza um direito, meus jovens, eterniza-se essas milhares vidas!
Quando concretizamos direitos, damos um sentido à tragédia humana e à nossa própria existência!
O direito e a arte são as únicas evidências de que a odisseia terrena teve algum significado!”

sábado, 3 de fevereiro de 2018

Já no 6º dia, Remanso resiste o tempo ocioso e a falta de respostas do Governo Municipal

Firmes, determinados e com um espírito de luta extraordinário como não se via desde os tempos de outrora no Povoado São Pedro dos Cassetes, quando estes mesmos homens e mulheres lutavam pelo direito de permanência em suas casas e terras, hoje reiteram estes valores em unidade, agora, lutando pelo último pedaço de terra que o latifúndio não dominou. A briga mais uma vez é política, antes, a falta de medidas antropológicas que provassem seu direito de viver em São Pedro; hoje, resistem à atitude do poder municipal em transformar seu berço de vida em um  LIXÃO, o que é irônico, é que o mesmo homem que era gestor naquele tempo conflitante, agora também o é.
Para as duas medidas acima dar-se a mesma classificação: irresponsabilidade. O governo pode resolver este problema, é possível, há muito tempo, mas é mais fácil incomodar um grupo de pobres que lutam pelo direito de usar livremente um pequeno pedaço de terras do que negociar com os latifundiários de Grajaú uma área que pudesse ser destinada para o tratamento sanitário com segurança sem causar os impactos sociais como agora está. 
Uma série de medidas poderia ser tomadas pelo Governo Municipal, como terceirizar empresas que beneficiasse o lixo quase integralmente, pois, sabe-seque hoje quase todo resíduo pode ser reciclado. Estas empresas poderia por exemplo, receber incentivos fiscais para facilitar sua instalação  em nosso município entre outros procedimentos que além de resolver o problema gerariam empregos.
Afinal, atacar o efeito, apenas estenderá por mais tempo o problema, atacar a causa, irá solucioná-lo.

CRÉDITOS