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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Moradores do Assentamento Remanso bloqueiam na manhã desta segunda feira 29 estrada que dá acesso ao lixão.

Moradores do Assentamento Remanso, trabalhadores da lavoura, já indignados com a irresponsabilidade do poder público municipal, resolvem bloquear na manhã deste 29 de janeiro a estrada que dá acesso à suas terras onde hoje está sendo depositado o lixão, lixo urbano do município de Grajaú, sem nenhuma medida de segurança ambiental e especialmente sem observar os impactos sociais que tal ação causa na vida desses lavradores que dependem exclusivamente da atividade de subsistência agrícola para manter suas famílias.
O processo já faz seis meses e em todos os locais que estes pais de famílias se dirigiram encontraram apenas "NÃO". Até a 2º promotoria pública de Grajaú, que em princípio deveria estar defendendo os direitos dos cidadãos, especialmente os que estão em situação de vulnerabilidade social, negligenciou e indeferiu arbitrariamente um pedido de ação civil pública feito por estes mesmos trabalhadores, pois a atitude do poder municipal desrespeita a lei de zoneamento 124/2010 LI, onde a destinação de resíduos sólidos está para outras terras de fato, improdutivas, e não no berço de vida dessas pobres famílias.
É com tristeza que informamos aqui, que o Prefeito Municipal, afirma no oficio nº 320/2017 – GABIN, que "não tem nem nunca houve produção nessas terras", e a 2ª promotoria, humilha os trabalhadores quando os chama em oficio "sem protocolo" que são "supostos moradores do povoado Remanso", ao receber o abaixo assinado, e ainda enfatiza de forma incoerente com a lei que "é da conveniência do gestor municipal decidir onde deve ficar o lixo" e que indefere o pedido dos trabalhadores porque "já há processo de ação civil pública contra o município". É cabível perguntar se há limites de representação judicial quando se trata de crime contra a lei e os direitos sagrados dos trabalhadores de ter segurança na produção de seus alimentos, como é o caso emblemático do Assentamento Remanso.
É cabível aqui refazer ainda os questionamentos mais latentes desses humildes trabalhadores:
Por que esses mesmos agricultores ao invés de lixo, não poderiam receber a doação de um trator para facilitar o preparo da terra? Por que não poderiam ser beneficiados com um poço artesiano e um sistema eficaz de distribuição de água na região produtiva para facilitar a vida de dezenas de famílias em todas as estações do ano? Por que ao invés do lixo o prefeito não luta pelo financiamento das atividades agrícolas dessas famílias? Por que não criar programa de beneficiamento e escoamento da produção do Assentamento Remanso?
A população espera justiça e respostas do poder municipal.

Resultado de imagem para logo cptA pastoral Social e Comissão Pastoral da Terra Regional Sul – MA CPT